terça-feira, 22 de dezembro de 2009

black.



Não, não sou inocente, sou otária. Tornei-me demasiado crente, se calhar tu fizeste-me ver tudo cor de rosa e com florzinhas, por me deixares tão feliz, e eu agradeço isso.
Mas não vale a pena amarrar a minha natureza, sou revoltada, sou negra, sempre fui. Acabaram-se as tintas para pintar as atitudes com cores mais sensíveis, acabaram os sapatos que me esmagam para se sentirem bem.
Acabou.
The bitch is back. Mesmo.
E se não querem ser levados pelo meu furacão, bem , não se metam no meu caminho. E se quiserem continuar a brincar comigo, então preparem-se, que eu devolvo tudo em dobro.


"You wanna make me sick;
You wanna lick my wounds,
Don't you, baby?
You want the badge of honor when you save my hide
But you're the one in the way
Of the day of doom, baby
If you need my shame to reclaim your pride
And when I think of it, my fingers turn to fists
I never did anything to you, man
But no matter what I try
You'll beat me with your bitter lies
So call me crazy, hold me down
Make me cry; got off now, baby-
It wont be long till you'll be
Lying limp in your own hand
You feed the beast I have within me
You wave the red flag, baby you make it run run run
Standing on the sidelines, waving and grinning
You fondle my trigger, then you blame my gun
And when I think of it, my fingers turn to fists
I never did anything to you, man
But no matter what I try
You'll beat me with your bitter lies
So call me crazy, hold me down
Make me cry; get off now, baby-
It wont be long till you'll be
Lying limp in your own hand "

Limp - Fiona Apple

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

#4

O jantar foi animado, e já não sei bem como foi parar novamente às coisas do antigamente. Fomos ver o trailler do Bocas ao Blog do Rato, e depois de muita pesquisa, dei de caras com outro site de desenhos animados antigos. Este chama-se mesmo Desenhos Animados, e tem tudo das décadas de 70, 80 e 90. Bem, quase tudo. Eu lembro-me de uns bonecos chamados Ervilhinhas de Cheiro, até me lembro de parte do genérico, mas por mais que procure, não encontro na net:(

Fica aqui mais uma selecção de coisas espectaculares da minha (nossa) infância, que a mim me marcaram especialmente.
O primeiro video é o genérico do Sítio do Picapau Amarelo, onde eu aprendi a ter medo do Saci Pereré, da Mula sem cabeça e da Cuca, que era um crocodilo gigante que me vinha buscar se eu não comesse a sopa toda. Para quem não sabe, o genérico é cantado por nada mais nada menos do que o Chico Buarque.






Este ensinou-me mais do que muitas aulas de Anatomia:





E estas duas foram as minhas primeiríssimas heroínas:





E finalmente esta, que fez com que fosse gozada até aos dias de hoje, e é inclusivamente o toque de telemóvel que muitos amigos têm para mim:



=)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

7.12.2009


2!

:D

























coNsTanteMente veNceNdO os nOsSos anjoS & deMóniOs.

I
U


Parabéns a nós.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

.a rapariga ligada à corrente.


Foi em 2004 que os vi ao vivo pela primeira vez. Metade do concerto enquanto o sol se punha, outra metade já na penumbra. Aqueles ingleses com umas musiquinhas giras que o nuno tanto ansiava ouvir. Apaixonei-me. Como é que 3 pessoas conseguiam fazer tanto barulho em palco?
Entrou, e tal como nesse dia, assinalou muitos dos momentos da minha vida, bons e maus. É como um daqueles cheiros que recordamos até morrer (não sei se sabiam, mas a memória olfactiva é a mais poderosa, a mais precisa e a última a perder-se, mesmo em casos de demência ou alzheimer, quando já pouco de nós resta, mas ainda recordamos o cheiro daquela pessoa que nos marcou ou daquele lugar que não suportamos), entranha-se e nunca nos larga.



Domingo é um dia peculiar para ver um concerto, não há o cansaço da ressaca - porque arrastamos a noite até os refrões deixarem de se repetir na nossa cabeça - vamos tranquilamente para casa, com frio e com a memória vívida.
Só hoje, as imagens começaram a esmorecer.
Foi lindo, foi a sensação que tive pouquíssimas vezes - Pearl Jam, Muse, só faltava a senhora maçã - a de ser cantada. Parece parte de uma banda sonora estranha, como num sonho, em que observo a minha vida do lado de fora, enquanto ela se desenrola em partes desordenadas que se movem invulgarmente devagar. É difícil de descrever, e podem parecer exageradas as minhas impressões acerca de um simples concerto, mas a minha imaginação é hiperactiva, assim como todas as minhas sensações.


Aplaudo em pé. Bravo!



- Fish in the sea you know how I feel,
River running free you know how I feel
Blossom in the trees you know how I feel...