segunda-feira, 22 de março de 2010

pOrn.



(source: www.sinfest.net)

terça-feira, 16 de março de 2010

we're both from wonderland (=



Já não me lembro se repito que adoro a Alice, aquela do Lewis Carroll. Sempre foi a minha personagem favorita. E adoro o Tim Burton, acho que isso já repeti inúmeras vezes. Imaginam então qual foi a minha felicidade quando os consegui ver juntos. Antes do filme estrear, dei por mim reminiscente em memórias, fui (re)ver o filme original de 1951, (re)li o livro em inglês, e como estas coincidências acontecem sempre umas a seguir às outras, o TP veio cá a casa munido de uma mini-série da BBC intitulada Alice, que basicamente é uma adaptação do livro para "o mundo real", se é que o podemos chamar assim. De qualquer maneira, recomendo, é muitíssimo bom (http://www.imdb.pt/title/tt1461312/).
Depois fui ao cinema, pus os óculos 3D e vi o lado mais macabro da Alice. Gostei, especialmente daquela rainha de copas e da sua maneira mimada de dizer "off with their heads". E queria ver de novo, porque acho que me devem ter escapado uns quantos pormenores, e porque gosto de ver alguns filmes mais do que uma vez no cinema.


Tenho uma cena com cartas, aliás acho que a minha dama de espadas é prova disso. Grande parte do nome deste blog prende-se com o facto do Under/Wonderland ser o meu refúgio de criança (isso e uma bebedeira do Nelson que incluiu muito whisky e um baralho de cartas, que agora também não interessa nada). Queria fugir pelo buraco do coelho! Sempre fui um pouco impertinente e empertigada como aquela criança, queria responder a tudo e a todos com o nariz arrebitado enquanto recitava a lição para mim própria. Sobretudo, queria surpreender-me, dizer "curiouser and curiouser", enquanto as pessoas e as coisas encolhiam e aumentavam de acordo com o que penso delas.
Acho que no fundo nunca fui capaz de entender certos morais, nunca encaixei bem as cores do modo em que o mundo as vê, e nunca foi claro para mim porque razão se penaliza a imaginação e a curiosidade. Cresci e integrei o superego, mas parte de mim ainda acha que as melhores pessoas que eu conheço são e serão sempre completamente loucas. E muitas vezes vou atrás do coelho branco (ok, eu distraio-me facilmente...) para o meu país das maravilhas, onde ninguém se compara a ninguém, o chá se toma todos os dias
(porque todos, excepto um, são desaniversários!) numa mesa cheia com as pessoas de quem mais gosto e, sobretudo, onde ninguém se sente só.


"Oh, dear! What nonsense I’m talking!