Há uma linha ténue entre o romantismo e a piroseira. Hoje perguntaste-me várias coisas para tentares esclarecer a minha opinião sobre a coisa, enquanto lavavas a loiça. Uma delas foi a daquela música pimba (sim,essa é pirosa,já agora),mas como te disse, acho que toda a gente tem uma música, amigos, namorados, inimigos...não há nada de piroso nisso,é a ordem natural das coisas. Se pensarmos bem,há sempre um nome, um cheiro e uma música que associamos a quem nos desperta sensações fortes. Estive o dia todo a pensar nisso, e quebrando a tradição, aqui está a nossa primeira música, enviada sexta feira treze, e não sábado catorze. Espero que dê sorte.
Sei que não gostas muito dela, mas também sei que a vais associar ao dia em que nos conhecemos para o resto da tua vida. Assim como eu. Não tem nada a ver connosco, não é uma música de amor, até é de raiva. Não é de nenhuma das nossas bandas favoritas (o nosso gosto musical é incompatível, e isso é bom, a sério que é...), mas é nossa, quer queiramos quer não, porque tal como todas as músicas que aproximam pessoas, não fomos nós que a escolhemos.
Acabei de acordar e queria fazer qualquer coisa interessante. Ainda estou meia entorpecida do sonho estranhíssimo que tive. Nada de anormal até agora. Quebrando a rotina habitual que tenho quando acordo para uma casa vazia, não saltei para a banheira e liguei o rádio bem alto. Isto por ordem inversa. Vou à net, é isso! Afinal tenho de ocupar um pouco do meu tempo, estou em época de exames e toda a gente sabe que nesta altura a net é um sítio cheio de coisas interessantes. Ora, dei por mim a querer mudar o visual do blog. Mais claro. Mas não, vamos ler primeiro as novidades do pessoal. Cheguei à conclusão que metade dos meus amigos está ou vai para o estrangeiro, e os que não estão, bem que o parece. e pior, eu vou morrer com saudades, daquelas duas especialmente. Bonito, afinal até há um ano e tal sensivelmente imaginava-me em Londres durante não menos do que outro ano. Fico feliz e penso no que mudou. Já não sinto necessidade de fugir daqui. Ponto positivo. Se me arrependo? Não. Outro ponto positivo. Dos 3 países onde estive no ano que passou, o ponto em comum foi as saudades de casa. Ponto neutro. Concluindo, viajar continua a ser o meu desporto favorito, mas viver abroad não (acabou de falhar a luz em Lisboa. Bem, isto sou eu com delírios de grandeza, falhou em Telheiras, ou pelo menos, na minha rua... Boa, agora como é que ligo o rádio?). Como dizia, esta mudança de espírito prende-se apenas com o facto de estar cansada deste erasmus prolongado. Supostamente tinha data limite de seis anos. Quando vim para cá, até esperava que conseguisse ficar apenas um, vá três no maximo. Para o ano faz sete, e com mais um de bónus. Quando seis se transformam em oito, que por sua vez arrastam perspectivas de imprevisibilidade, uma miúda tem de por as coisas em ângulo obtuso! Quando terminar isto, ainda tenho de concorrer para sabe-se lá aonde... E mais, tenho uma coisa que ja não planeava ter nesta altura: vida de estudante. Pés e mão atadas, e corpo completamente livre, se é que me entendem. É confuso. A taxa de positivismo que isto acarreta ao longo do dia anda à volta dos 60%, em média e com condições nomais e no Inverno- aguarda-se uma melhoria na percentagem quando chegar a Primavera - os outros 40% martirizam-se por não serem independentes financeiramente, por não poderem andar para a frente, seja em que direcção for. E ainda não fiz nada de interessante, afinal. Agora sim apetece-me mesmo tomar um duche longo e ouvir albuns antigos, ou então por a tocar algum cd daqueles hipindie que a xica me põe no iPod. Olha, podia sempre trocar-lhe a capa. E onde é que estava o interesse nisso? Nenhum, mas como disse, pés e mãos atadas e uma responsabilidade enorme. Por isso, as coisas interessantes que posso fazer hoje não podem levar mais de 15 minutos. Senão tinha ido com o pessoal a Alfama, visitar coisas antigas e tirar fotos giras. Ou então tinha ido com o João para o Campo Grande, sempre via pavões. Podia sempre puxar do meu cavalete e começar aquele quadro. Mas não. Sobeja-me o duche e o rádio. Mas não há luz! E eis senão quando me ocorre a idéia como uma flecha: duche à luz das imensas velas de morango que tenho sempre espalhadas pela casa e música no portátil. Vai ter de ser interessante o suficiente para hoje.
Depois vou-me, que aqui em Portugal a vida é boa, não tão interessante como lá fora, mas parecendo que não, isto até é giro=).
Parabéns! Chilli's tonight, but you're my hot stuff...
Good Omens - The nice and accurate prophecies os Agnes Nutter, Witch. "Pratchett's wackiness collaborates with Gaiman's morbid humor; the result is a humanist delight to be savored and reread again and again. You see, there was a bit of a mixup when the Antichrist was born, due in part to the machinations of Crowley, who did not so much fall as saunter downwards, and in part to the mysterious ways as manifested in the form of a part-time rare book dealer, an angel named Aziraphale. Like top agents everywhere, they've long had more in common with each other than the sides they represent, or the conflict they are nominally engaged in. The only person who knows how it will all end is Agnes Nutter, a witch whose prophecies all come true, if one can only manage to decipher them. The minor characters along the way (Famine makes an appearance as diet crazes, no-calorie food and anorexia epidemics) are as much fun as the story as a whole, which adds up to one of those rare books which is enormous fun to read the first time, and the second time, and the third time... "