sexta-feira, 26 de junho de 2009

that's it

Estava a estudar e o João largou-me uma bomba. Impossível não comentar isto. Morreu o rei da pop.

Aparte dos claros problemas psicológicos que tinha, não há dúvida que marcou várias gerações, a minha incluída. Todos batemos o pézinho ao som das suas músicas, vibramos com o moonwalk (yey, pelo menos eu chateei enormemente um americano com isto:p), e tentamos imitar os gestos do Triller...

Tenho pena que o seu caminho de estrela descendente tenha terminado com memórias tão contraditórias, pelo menos para mim. Falarei dele aos meus futuros filhos, como um grande artista, quase completo, mas nunca como um homem do qual se tire qualquer exemplo,excepto talvez o facto de se poder ter tudo, a fama, o dinheiro e sobretudo o talento, mas que não valem de nada quando a auto-repulsa é tão grande. Como é que alguém como ele nunca conseguiu gostar de si? não compreendo...se calhar, ao menos agora, encontrou alguma paz para a sua dor de alma.



Ah, e pelamordedeus alguém cale o Elton John! Porra o homem não pode ver ninguém a morrer que lhes espeta logo com uma música qualquer...já não é castigo suficiente os pobres desgraçados baterem a bota e ainda têm de ficar conotados com um ex-hit ou adaptação em cima do joelho do Elton...bem, ao menos não é outra versão do Candle in The Wind! Duas deve ser o numero máximo de adaptações foleiras por lei americana, hum pensando bem...não, não deve ter sido por isso.



"who's bad?"

sábado, 20 de junho de 2009

Pode ser?


"O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço..."


"O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos


Paradoxo da época de exames (segundo o profeta nuno): o pior do cansaço é o momento em que dizes para ti próprio que estás cansado.

Portanto, ligeiramente frita e com caca cerebral,sim! Cansada, nunca! Tenho tempo para dormir quando morrer...

Agora a sério...


quarta-feira, 3 de junho de 2009

pAu da baNdeiRa


Aviso: esta curta, protagonizada pelo Seu Jorge e o Selton Mello, tem a duração de dez minutos, e destina-se apenas à paciência de quem gosta de Tarantino.

Basicamente, o meu querido Jorge Mário e aquele que é para mim um dos melhores actores brasileiros fizeram uma curta onde teorizam que todos os filmes do Tarantino são um só. Quer dizer, o Selton teoriza e o Seu Jorge avacalha!

Uma delícia, simplesmente genial.





PS: por falar em sósias, o Selton Mello é a cara chapada do actor norteamericano Seth Rogen!Shhh!

"Todo dia ela faz tudo sempre igual"

segunda-feira, 1 de junho de 2009

.amuada.


Todos nós temos dias em que só nos apetece choramingar! Pois eu estou nesses dias! Apetece vitimizar-me por todas as razões possíveis e ainda achar que tenho razão!

Por exemplo, quero vitimizar-me por teres ido embora hoje! Não é justo, eu tenho tantas saudades tuas, apareces durante dois dias e depois puff....e eu fico ainda com mais saudades do que já estava. Especialmente nesta cidade, onde parace que toda a gente gosta de guerrear mesquinhices. Se calhar estou a ser injusta, porque até não é bem isso que considero o problema principal. A gente de cá leva o conceito individualista citadino ao máximo, e só consegue pensar em si. Deve ser chique, não sei... Mesmo que não seja maldade calculada, simplesmente não conseguem evitar avaliar o custo-benefício para si próprio de todos os actos que fazem, nem que seja ajudar um velho a atravessar a rua. Como consequência disso magoam quem, como eu, por ingenuidade ou purra burrice, não consegue compreender certas coisas.

Eu não sei viver assim.

E isto dá o mote para a minha choraminguisse numero dois, porque hoje tive a nítida sensação que a maior parte das pessoas com quem me tenho cruzado ultimamente nesta capital do fim do mundo me consegue enxovalhar quando lhes dá na gana. Eu penso-me ruim, e talvez seja no que diz respeito a assuntos que me deixam vulnerável, mas quando chego à conclusão que faço tudo pelas pessoas de quem gosto - sou tão totó que às vezes até faço pelas que não gosto - fico mais furiosa que a Deolinda quando me tratam mal. E tenho a atitude abebezada que estou a ter neste momento: queixo-me aqui para não ter que gritar para o ar nas traseiras do meu prédio.

E sinto a falta da minha gente do Porto. E agora sinto-me muito melhor, apesar de ter conseguido fazer o único post do mundo onde se conjuga o verbo choramingar em todos os tempos verbais...


"Burritoooooo!!!!!!!ai ai burrito, ai ai burrito, ai ai ai ai"