quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

D7.

Um.
















Dois.Três.

perfeito.



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

adeus, senhor do olá.

Ainda me lembro da primeira vez que o vi. Estava vestido com um casaco de fazenda branco, comprido, impecavelmente penteado. O Nuno gritava da janela do carro: "olha olha, aquele é o senhor que diz adeus!". Pensei para os meus botões: "Deve ser maluquinho...coitado!".

Ao longo do tempo vi-me a acenar-lhe quase diariamente, e a falar dele a todos que me vinham visitar à capital. Lembro-me de desviar pelo Saldanha com o André para lhe irmos dizer adeus.Do seu olhar terno, do frio que devia passar todas as noites cumprindo religiosamente a sua missão.
Houve uma altura em que deixei de o ver. Alguém me pregou a peta de que tinha sido espancado e violado e mais nao sei o quê, e foi então, passados uns quantos meses, que o voltei a ver, com um outro casaco preto, mais quente, que alguém lhe deve ter dado depois da entrevista que o tornou ainda mais famoso. Foi bom, estava bem, continuava com aquele ar cuidado e sonhador, com a mesma alegria inocente. Ainda acenava, mandava beijinhos, e sorria.

Dizia "eles precisam mais de mim do que eu deles"...e foi então que entendi que coitados somos nós, não ele...não acenamos a desconhecidos, não confiamos em ninguém, raramente sorrimos a quem passa, não tiramos a cabeça do umbigo, nem os phones dos ouvidos...andamos pela rua,mais ou menos apressados, com a cabeça na nossa vida e na nossa música, perdemos a beleza da cidade e das suas pessoas.
chamos que um sorriso é uma maneira intrusiva de um estranho olhar para nós, sentimos que aquela pessoa está a fazer um juízo de valor de qualquer espécie. Ficamos o resto do caminho a escrutinar a nossa personalidade - "porque será que aquele gajo me acenou, me sorriu? será porque me achou feia, bonita, esquisita, será a minha roupa, será que o conheço de algum lado...?"... O senhor José simplesmente responde que é porque está feliz, porque quer fazer quem passa sorrir de volta. É incrível esta lição de vida, de quem não é famoso, não escreve livros, não tem um programa de opinião na TV, não faz grandes acções de formação na net...simplesmente é um grande observador. E, na verdade, ele sempre me fez sorrir, sempre lhe atirei beijinhos, fez parte da Lisboa que eu sempre quis que existisse.

Agora Lisboa está mais triste. A praça do Saldanha está de novo sisuda, metida na sua vida e nos seus problemas.

Há uma petição para erguer uma estátua a José Serra. Sou a favor, completamente, ele tocou músicos, escritores, artistas, jornalistas e todos nós. Dedicou a sua vida a contribuir, com o pouco que tinha, para tornar a cidade mais bonita. Lamento a quem esta opinião choca e ofende, mas fez mais por mim do que muita gente que está representada nestas pracetas. Obrigada.


"Chamam-me o Senhor do Adeus mas eu sou o senhor do Olá (...) Tudo isto é solidão? Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias da casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, se sentir gente (...) Só fico triste quando o movimento acaba.".
in Público.



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

FML: estado de espírito.


Nestes últimos 7 anos passou muita coisa por mim, muita gente. Em bom Português, não conseguiria para já fazer uma balanço do quanto mudou a minha vida desde que vim para Lisboa. Talvez quando, em breve, a vir de uma perspectiva diferente. Com a faculdade sempre tive uma relação amor/ódio, nunca me identifiquei muito com a gente que lá passava, mas isso também acabou por não ser assim tão diferente do resto das rotas que percorri, pois filtradas bem as coisas, fiquei com amigos para a vida. O que é certo, e é exactamente isto que pretendo tratar neste texto, é que tenho orgulho da minha faculdade, da grande imaginação da "minha" gente, e de tudo que aprendi com ela.
E aqui ficam alguns momentos, para partilhar com vocês, que se se estão a dar ao trabalho de ler isto, são concerteza uma parte importante de mim, mesmo que não o saibam.
Obrigada.




(neste há uma cara conhecida, aliás, várias:p )






*menção honrosa ao João e à Ginja*
- Sítio onde são feitos os crmos porque só se estuda aqui...
...aqui tu queimas a pestana, isto não é Santana.

sábado, 9 de outubro de 2010

dias de Outono. e as idiotices que fazemos com eles.

Agora chegou a responsabilidade e o trabalho.

E o que é que nós andamos a fazer?
Isto!...




*Adoro o cheiro do Outono e dos dias cinzentos. So sue me!
* "or fuck them all and get a job in orthopaedic surgery"

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

a explicação maisoumenos científica.


[O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor.
Reorganiza as coisas.
Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então, foda-se!" O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"? "Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão
matemática.

A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!
Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!". Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem. O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida. Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência. Solta logo um definitivo: "Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!". O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos. Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de
maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!". Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para
uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os
empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!” ]


MillôrFernandes (adaptado)


Nelson, a minha teoria era que "com'ó caralho" = muito, mas no final da frase. Pois bem, há quem diga que tende para o infinito.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

gay.

Já não dava de caras com um texto assim há muito tempo
(a pedido do João, está aqui o link do texto a que me refiro: http://oalfaiatelisboeta.blogspot.com/2010/07/o-orgulho.html). Estou intrigada, não sei o que pensar. A primeira vez que o li o adjectivo que fez pop no browser da minha cabecinha foi: cru.

Admirei-o por isso.

Numa segunda impressão, pareceu-me um tanto ou quanto infantil...hum, se calhar não é esta a palavra certa...talvez imaturo - alguém que quer desesperadamente chegar lá mas ainda não entendeu bem o busílis da questão.

Depois li os comentários ao post e fiquei chocada. Como é que conseguimos chegar a este ponto? O ódio e a raiva bruta do que aparentemente são duas facções de uma espécie de província separatista de um país que a mim me é estranho, onde uma alQaeda atira pedras aos catalogados KKKlan, que por sua vez respondem com cocktails molotov.

Eu atiro-me ao chão ideológico, e protejo a cabeça com as mãos: acho que o autor do texto escreve o que pensa, com toda a honestidade de alguém que tenta ser justo. Talvez seja complicado separar-se do Superego intrincado, mas pelo menos o homem esforça-se! (não quero pensar que seja só para ser supergiro dizer que é liberal e que "adorava ter um melhor amigo gay" como se fosse um animal de estimação para levar às compras).


Enfim, o que eu não entendo é porque é que simplesmente se tornou antinatural uma coisa que sempre foi natural em toda a história da humanidade. E não adianta meter a cabeça na areia e argumentar que cada um faz o que quer porque a orientação sexual do indivíduo não vem no BI, ou aliás, sendo mais moderna, no CU! Não vem, de facto, mas é uma das coisas que define a nossa identidade, e ninguém deve ser coagido a esconder, ou se preferirmos o mais politicamente correcto "não revelar" , o que lhe dá na gana fazer num sábado à noite. E é importante mesmo em termos de saúde, de planeamento familiar, de apoio social, etc.

Porquê então fazer uma guerra à volta de uma coisa tão simples? Alguém me explique onde se traça a fronteira entre gays e não-gays?E depois há os menos gays, os mais gays, os muito homofóbicos, os que até toleram e os que fingem que toleram e os típicos Não sabe/Não Responde? Medo.

E se cada "parte" defende tão cegamente a sua ideia ao ponto de crucificar sem dó nem piedade um rapaz qualquer que decide expressar a sua opinião (a qual, curiosamente, era até há bem pouco tempo mais uma coisa livre), pergunto-me quem será mais sectário...credo:

Cá está o post da polémica. Gostava de saber o que pensam. Eu aparentemente tenho a profundidade intelectual de uma batata, porque não entendo isto.

sábado, 21 de agosto de 2010

pa pa pa américánu!



adoro, nunca tinha visto o videoclip. não me interessa se dizem que é foleiro. adoro na mesma (:
(ele esconde-se dentro de um saco de batatas, coméquiépossivel lololol !!! )




Parabéns Gi:)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

posso largar um pouco a mão do meu mostrinho.


Hoje foi um dia muito importante para mim. Saiu dos meus ombros parte de uma carga que nunca quis, e me acompanha à cerca de um ano. Vacilei, não é costume, mas confesso. Vacilei, fez-me tremer, tive medo. Agora tenho um pouco menos. Estou bem.

domingo, 20 de junho de 2010

no dia seguinte, ninguém morreu.


"Por um instante a morte soltou-se a si mesma, expandindo-se até às paredes, encheu o quarto todo e alongou-se como um fluido até à sala contígua, aí uma parte de si deteve-se a olhar o caderno que estava aberto sobre uma cadeira, era a suite número seis opus mil e doze em ré maior de johann sebastian bach composta em cothen e não precisou de ter aprendido música para saber que ela havia sido escrita, como a nona sinfonia de beethoven, na tonalidade da alegria, da unidade entre os homens, da amizade e do amor. Então aconteceu algo nunca visto, algo não imaginável, a morte deixou-se cair de joelhos, e pernas, e pés, e braços, e mãos, e uns ombros que tremiam não se sabe porquê, chorar não será, não se pode pedir tanto a quem sempre deixa um rasto de lágrimas por onde passa, mas nenhuma delas que seja a sua. Assim, como estava, nem visível nem invisível, em esqueleto nem mulher, levantou-se do chão como um sopro e entrou no quarto...(...)

(...) Então ela, a morte, levantou-se, abriu a bolsa que tinha deixado na sala e retirou a carta de cor violeta. Olhou em redor como se estivesse à procura de um lugar onde a pudesse deixar, sobre o piano, metida entre as cordas do violoncelo, ou então no próprio quarto, debaixo da almofada em que a cabeça do homem descansava. Não o fez. Saiu para a cozinha, acendeu um fósforo, um fósforo humilde, ela que podia desfazer o papel com o olhar, reduzi-lo a uma impalpável poeira, ela que podia pegar-lhe fogo só com o contacto dos dedos, e era um simples fósforo comum, o fósforo de todos os dias, que fazia arder a carta da morte, essa que só a morte podia destruir. Não ficaram cinzas. A morte voltou para a cama, abraçou-se ao homem e, sem compreender o que lhe estava a suceder, ela que nunca dormia, sentiu que o sono lhe fazia descair suavemente as pálpebras. No dia seguinte ninguém morreu."


As Intermitências da Morte - José Saramago
Recebeu a sua carta violeta, mas concerteza que ela o olhou, o contemplou durante muitos anos até ao inevitável.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

reSsaCa LeNdáRia e tiGrada (it's a map were you can read all my fears, pain and bullshit).



Este fim de semana fomos à queima, e apesar de vos ter arrastado para o concerto, acho que foi simplesmente brutal. Estava com muita saudade do nosso pessoal, e até de toda a parvoíce que fizemos.
Ao longo da semana também me apercebi que tenho uma sorte ridícula, por poder ter coisas tão boas. A vida fez-me suar, mas ensinou-me umas quantas coisas, tal como a ti, aliás seguimos estradas afastadas, mas paralelas. Entre muitas outras coisas (acho que esgotei a palavra coisas neste momento, como vês estou a tentar ser muito pouco vaga) ensinou-nos a lutar,e se calhar esfriou o nosso coração mais do que deveria, mais do que às vezes penso que seja justo até... mas mesmo assim ainda conservamos a capacidade de ser felizes. E acredita que quanto mais olho em volta, mais gente perde aquela chama, aquele redemoinho que sentimos na barriga, e simplesmente deixa "aquilo" ganhar. Chama-lhe rotina, ou vida, ou circunstâncias, ou idade, talvez falta de paciência, não me importa, custa-me, sabes que me mata vê-lo em pessoas que gosto e/ou admiro. E nas que não me surpreende, só me entristece. Eu não sei o que lhe chamar, sinceramente, só sei que será a palavra oposta a paixão. Por falar nisso, e continuando o que te dizia, sabes que sou apaixonada por Lisboa, e que a vida entregou-me esta cidade de bandeja, para explorar, sozinha e assustada. E agora adoro todas as pedras de cal, o Rio, os jardins, as conversas, a música, as ruelas...ai as ruelas e os pregões. E posso partilha-la contigo. Tirou-me o Porto, para quando voltasse, aprendesse a ama-lo, e agora excitam-me as pedras de breu, e emociona-me as pessoas que deixei por lá, todos os cafés, mesmo aqueles que já te parecem banais. E cada pedacinho disto que partilhamos, sei que tu vives com a mesma intensidade que eu, que aproveitas todos os bocadinhos de tempo, que levantas os braços comigo no concerto, que brindas e cantas e danças comigo no meio da rua, por tudo e por nada, tens noção que nós cantamos por tudo e por nada ? ...porque no fundo sabemos que qualquer dia pode ser o último, e isso dói, e falamos sobre isso pela primeira vez na nossa vida. Mas ainda não é hoje, nem foi ontem, e agora, só em pensar no final da semana, estou feliz. E não, nunca vamos conseguir ser pessoas graves e sérias. Ainda bem. Gosto muito de nós, infantis, 80% parvas, intensas e muito felizes.






"- But you knew i'm no good
and your familiar with my kind.. (...)
Last night I got so wasted
Can't be who you expect me to
...be.
I say life ain't enough for you
You say baby what you gonna do
Yeah what you gonna do?
Baby can't you see
That death will never be
As good
as life
today
Baby what you gonna do?"

LTM - "life ain't enough for you"

sexta-feira, 7 de maio de 2010

unsteady.


Quando cheguei ao bairro, o filipe cantava a hallelujah desalmadamente, com a guitarra e com a alma ali, despida.
eu hoje adormeço com esta. é sempre esta. passe o tempo que passar.




enebriada...esta letra arranca-me as vísceras.esta sensação doce embala-me, e ajuda. unsteady, que bom para descansar a cabeça, e saber que amanha passa.

"I lost myself on a cool damp night
I gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree...
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see
and be what I want to be
When I think more than I want to think
I do things I never should do
I drink much more than I ought to drink
Because it brings me back you...

Lilac wine is sweet and heady, like my love
Lilac wine, I feel unsteady, like my love
Listen to me... I cannot see clearly
Isn't that she coming to me nearly here?
Lilac wine is sweet and heady, where's my love?
Lilac wine, I feel unsteady, where's my love?
Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that she, or am I just going crazy, dear?
Lilac Wine, I feel unready for my love,
feel unready for my love."

Jeff Buckley - Lilac Wine

- *silêncio* (eu acredito em ti).
-...

domingo, 25 de abril de 2010

graVidaDe.


É tarde e não tenho sono. Depois de algum zapping parei num dos canais do costume (aborreco-me facilmente a fazer zapping, não resisto a tantas cores brilhantes). Nunca tinha visto este programa, e ouvi vagamente falar da versão portuguesa, mas não consigo desviar o olhar, não consigo... Lembra-me de como adoro dança, todas as suas formas, de o fazer e de o ouvir... como no outro dia, quando ainda vibrei com uma paixão do rodrigo leão, mas não, não deve ter sido só pelo amor ao tango.
E aí vem ela,poderosa, uma reminescência de como, tal como a música, me emociona. É como borboletas no estômago, revolve-me as entranhas. E é bom (re)encontrar esse pedacinho de mim.

A rapariga que ganhou o concurso é incrível, mas esta aqui, é claramente a minha favorita.
E este vídeo dedicado à "addiction", a expresssão da viciada e do seu vício...impagável.










"Set me free, leave me be
I don't wanna fall another moment into your gravity"

quarta-feira, 14 de abril de 2010

f*%ck facebook.

Right? Right?


quarta-feira, 7 de abril de 2010

sOuL suRgerY.






























(via loveyourcaos)




"-
Tem azul como tu gostas!
- E isso é tudo para mim?
-É, e até pintei também com lilás, sei que também gostas.

"

domingo, 4 de abril de 2010

cheia.






sexta-feira, 2 de abril de 2010

entra no samba de qualquer maneira.

Mais uma para balançar=)






"Baiana que entra no samba e só fica parada
Não samba, não dança, não bole nem nada
Não sabe deixar a mocidade louca
Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira
Que mexe, remexe, dá nó nas cadeiras
Deixando a moçada com água na boca

A falsa baiana quando entra no samba
Ninguém se incomoda, ninguém bate palma
Ninguém abre a roda, ninguém grita ôba
Salve a bahia, senhor

Mas a gente gosta quando uma baiana
Samba direitinho, de cima embaixo
Revira os olhinhos dizendo
Eu sou filha de são salvador"

Geraldo Pereira

segunda-feira, 22 de março de 2010

pOrn.



(source: www.sinfest.net)

terça-feira, 16 de março de 2010

we're both from wonderland (=



Já não me lembro se repito que adoro a Alice, aquela do Lewis Carroll. Sempre foi a minha personagem favorita. E adoro o Tim Burton, acho que isso já repeti inúmeras vezes. Imaginam então qual foi a minha felicidade quando os consegui ver juntos. Antes do filme estrear, dei por mim reminiscente em memórias, fui (re)ver o filme original de 1951, (re)li o livro em inglês, e como estas coincidências acontecem sempre umas a seguir às outras, o TP veio cá a casa munido de uma mini-série da BBC intitulada Alice, que basicamente é uma adaptação do livro para "o mundo real", se é que o podemos chamar assim. De qualquer maneira, recomendo, é muitíssimo bom (http://www.imdb.pt/title/tt1461312/).
Depois fui ao cinema, pus os óculos 3D e vi o lado mais macabro da Alice. Gostei, especialmente daquela rainha de copas e da sua maneira mimada de dizer "off with their heads". E queria ver de novo, porque acho que me devem ter escapado uns quantos pormenores, e porque gosto de ver alguns filmes mais do que uma vez no cinema.


Tenho uma cena com cartas, aliás acho que a minha dama de espadas é prova disso. Grande parte do nome deste blog prende-se com o facto do Under/Wonderland ser o meu refúgio de criança (isso e uma bebedeira do Nelson que incluiu muito whisky e um baralho de cartas, que agora também não interessa nada). Queria fugir pelo buraco do coelho! Sempre fui um pouco impertinente e empertigada como aquela criança, queria responder a tudo e a todos com o nariz arrebitado enquanto recitava a lição para mim própria. Sobretudo, queria surpreender-me, dizer "curiouser and curiouser", enquanto as pessoas e as coisas encolhiam e aumentavam de acordo com o que penso delas.
Acho que no fundo nunca fui capaz de entender certos morais, nunca encaixei bem as cores do modo em que o mundo as vê, e nunca foi claro para mim porque razão se penaliza a imaginação e a curiosidade. Cresci e integrei o superego, mas parte de mim ainda acha que as melhores pessoas que eu conheço são e serão sempre completamente loucas. E muitas vezes vou atrás do coelho branco (ok, eu distraio-me facilmente...) para o meu país das maravilhas, onde ninguém se compara a ninguém, o chá se toma todos os dias
(porque todos, excepto um, são desaniversários!) numa mesa cheia com as pessoas de quem mais gosto e, sobretudo, onde ninguém se sente só.


"Oh, dear! What nonsense I’m talking!


sábado, 13 de fevereiro de 2010

a ver se entra por osmose.

aaaaaiiiii.....

"I could have warned you, but really what's the point?"...


sábado, 30 de janeiro de 2010

a liberTaçãO doS abrAçoS.




Abraços...


Quem me conhece sabe que adoro abraços. Adoro tudo o que se consegue dizer num abraço.
Se calhar o meu jeito tosco de revelar sentimentos é de certo modo compensado pela minha forma física de me expressar. Não tenho medo de tocar, de sentir, de exercer aquela pressão leve para por em rebuliço o sistema nervoso simpático.
E não há abraços e abraços, um abraço expressa sempre carinho, seja por saudade, por amor, por medo,admiração ou por tudo em simultâneo. Lembro-me de inúmeras vezes em que simplesmente não conseguia formular uma frase para dizer tudo o que sentia naquele momento, e tentei com todas as minhas forças que o gesto falasse por mim - E não,não foi mais fácil! Foi bem mais difícil, porque abraçar alguém implica quebrar todas aquelas barreiras que construímos à nossa volta e nos protegem tão bem.

Já tinha ouvido falar muitas vezes nesta iniciativa Free Hugs, mas nunca tinha ligado muito, especialmente porque foi um bocado banalizado por aquelas modas do pessoal dos festivais de verão. Pensei que tinha sido ideia de algum gajo com a mania que era superdiferente e supergiro andar aí a dar abraços e a meter-se com gajas (que era exactamente o objectivo dos betinhos de calções de banho às flores do Sudoeste). Porém, no outro dia, andava a coscuvilhar coisas no iPOD e ví o vídeo original da campanha. Apercebi-me que o gajo que eu tinha julgado tão mal, na realidade está mesmo a abraçar pessoas pela felicidade que é receber um abraço.
E mais, o facto de serem "à borla" realmente faz sentido. Senão pensem, quanto custa um abraço? Hoje em dia é muito difícil alguém gostar de outra pessoa ao ponto de a abraçar espontâneamente. E se conseguirem encontrar essa pessoa, primeiro têm de ultrapassar todos os problemas de confiança que ela inevitavelmente vai ter. Depois, têm de tentar não a desiludir no período "de testes" da amizade. Depois disso, têm ainda que a convencer a ultrapassar os estigmas do politicamente correcto e das segundas intenções. E se finalmente conseguirem tudo isso, e fizerem um amigo, é necessário que ele esteja atento suficiente aos vossos problemas para saber quando precisam de um abraço, e que esteja lá para ti e não demasiado ocupado com a escola, o trabalho, o namorado/a, amigo/a colorido, cão, gato e periquito. Ah e que não seja hipocondríaco e com medo que lhe pegues Gripe A ou Herpes genital ou outra coisa qualquer.
Pode ainda achar-se demasiado
cool, ou ridículo e infantil por estar a dar um "abracinho".

E aí sim, talvez.
Isto não custa? e muito?
E se ainda não vos convenci com o meu patuá, pensem, quantas pessoas abraçaram hoje?
E quem vos abraçou?...
E não é bom?...







A little less conversation
a little more action, please.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Conhecido DESconhecido










Alberto Diaz Gutierrez, mundialmente conhecido como Korda (pela semelhança com Kodak), nasceu em Havana em 1928 e morreu em Paris no ano de 2001.
Foi uma das míticas figuras da cuba revolucinária, famoso não pelas suas armas nem pelas suas palavras, mas pelas suas imagens, nomeadamente a foto Guerrillero Heroico, que tirou quando trabalhava para o jornal Revolución. Diz-se ser o retrato mais reproduzido do mundo a seguir à Mona Lisa. Mas a sua obra não ficou por aí. Eternamente dividido entre guerrilheiros e mulheres, passou a acompanhar Fidel Castro nas suas campanhas a favor de uma cuba moderna. Segundo este não recebia um tostão pelo seu trabalho, era movido apenas contra o desejo de acabar com a injustiça social. Segundo Korda, a necessidade de servir um bem maior surgiu quando viu uma menina agarrada a um pau de madeira, que embalava como uma boneca, visto ser demasiado pobre para comprar uma de verdade. Fotografou-a e gravou-a na memória de todos.

Esta é parte da vivência de 3 estarolas portuenses (bem, uma que já nem é carne nem peixe), que andaram 2 horas à procura de um dos maiores edifícios de lisboa e finalmente, quando passaram uma porta com um degrau perigosamente elevado, ficaram deslumbrados com o talento deste homem.

Recomenda-se. Está em exposição até dia 27 de Janeiro no Edifício da Cordoaria Nacional.






domingo, 17 de janeiro de 2010

rato bora pra água!

Antes de mais, bom ano!

Por estes lados, o início de 2010 foi bom durante cerca de 3 dias, depois está a ser o descalabro total neste manicómio. Trabalhos e mais trabalhos e eu estou com vontade de pegar numa bazuca e distribuir uns tiros piedosos numas certas testas.

Ainda por cima não consigo tirar este vídeo assustador da minha cabeça, por isso decidi partilhá-lo com vocês, ao menos pode ser que não me sinta a enlouquecer sozinha (:






Parabéns Ratxinho!! Tu sabes o resto...