segunda-feira, 10 de maio de 2010

reSsaCa LeNdáRia e tiGrada (it's a map were you can read all my fears, pain and bullshit).



Este fim de semana fomos à queima, e apesar de vos ter arrastado para o concerto, acho que foi simplesmente brutal. Estava com muita saudade do nosso pessoal, e até de toda a parvoíce que fizemos.
Ao longo da semana também me apercebi que tenho uma sorte ridícula, por poder ter coisas tão boas. A vida fez-me suar, mas ensinou-me umas quantas coisas, tal como a ti, aliás seguimos estradas afastadas, mas paralelas. Entre muitas outras coisas (acho que esgotei a palavra coisas neste momento, como vês estou a tentar ser muito pouco vaga) ensinou-nos a lutar,e se calhar esfriou o nosso coração mais do que deveria, mais do que às vezes penso que seja justo até... mas mesmo assim ainda conservamos a capacidade de ser felizes. E acredita que quanto mais olho em volta, mais gente perde aquela chama, aquele redemoinho que sentimos na barriga, e simplesmente deixa "aquilo" ganhar. Chama-lhe rotina, ou vida, ou circunstâncias, ou idade, talvez falta de paciência, não me importa, custa-me, sabes que me mata vê-lo em pessoas que gosto e/ou admiro. E nas que não me surpreende, só me entristece. Eu não sei o que lhe chamar, sinceramente, só sei que será a palavra oposta a paixão. Por falar nisso, e continuando o que te dizia, sabes que sou apaixonada por Lisboa, e que a vida entregou-me esta cidade de bandeja, para explorar, sozinha e assustada. E agora adoro todas as pedras de cal, o Rio, os jardins, as conversas, a música, as ruelas...ai as ruelas e os pregões. E posso partilha-la contigo. Tirou-me o Porto, para quando voltasse, aprendesse a ama-lo, e agora excitam-me as pedras de breu, e emociona-me as pessoas que deixei por lá, todos os cafés, mesmo aqueles que já te parecem banais. E cada pedacinho disto que partilhamos, sei que tu vives com a mesma intensidade que eu, que aproveitas todos os bocadinhos de tempo, que levantas os braços comigo no concerto, que brindas e cantas e danças comigo no meio da rua, por tudo e por nada, tens noção que nós cantamos por tudo e por nada ? ...porque no fundo sabemos que qualquer dia pode ser o último, e isso dói, e falamos sobre isso pela primeira vez na nossa vida. Mas ainda não é hoje, nem foi ontem, e agora, só em pensar no final da semana, estou feliz. E não, nunca vamos conseguir ser pessoas graves e sérias. Ainda bem. Gosto muito de nós, infantis, 80% parvas, intensas e muito felizes.






"- But you knew i'm no good
and your familiar with my kind.. (...)
Last night I got so wasted
Can't be who you expect me to
...be.
I say life ain't enough for you
You say baby what you gonna do
Yeah what you gonna do?
Baby can't you see
That death will never be
As good
as life
today
Baby what you gonna do?"

LTM - "life ain't enough for you"

1 comentário:

inês disse...

sabes, não tenho o que te dizer porque assim só me fazes chorar..para dizer a verdade nunca quis ser grave e séria e quando tenho que fingir que sou fico feliz só por saber que quando chegares volto à minha essencia, e à tua, e posso ser parva de novo, como deve ser! eu adoro-te, e essa conversa que tivemos doi todos os dias porque não quero pensar nela e simplesmente não consigo evitar faze-lo. mas também sei que vamos ser sempre muito muito felizes, que nunca nos vamos deixar e que tenhamos a idade que for ainda vamos continuar a esconder-nos de baixo de algum toldo (e do nosso pequeno enorme mundo) qual gato com o rabo de fora: se nos não os vemos eles também não nos vêem a nós e o mundo é sempre mais ou menos inocente e totalmente feliz...
amo-te muito, és única, não te esqueças disso!
beijinho enorme, princesa*