quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

.a rapariga ligada à corrente.


Foi em 2004 que os vi ao vivo pela primeira vez. Metade do concerto enquanto o sol se punha, outra metade já na penumbra. Aqueles ingleses com umas musiquinhas giras que o nuno tanto ansiava ouvir. Apaixonei-me. Como é que 3 pessoas conseguiam fazer tanto barulho em palco?
Entrou, e tal como nesse dia, assinalou muitos dos momentos da minha vida, bons e maus. É como um daqueles cheiros que recordamos até morrer (não sei se sabiam, mas a memória olfactiva é a mais poderosa, a mais precisa e a última a perder-se, mesmo em casos de demência ou alzheimer, quando já pouco de nós resta, mas ainda recordamos o cheiro daquela pessoa que nos marcou ou daquele lugar que não suportamos), entranha-se e nunca nos larga.



Domingo é um dia peculiar para ver um concerto, não há o cansaço da ressaca - porque arrastamos a noite até os refrões deixarem de se repetir na nossa cabeça - vamos tranquilamente para casa, com frio e com a memória vívida.
Só hoje, as imagens começaram a esmorecer.
Foi lindo, foi a sensação que tive pouquíssimas vezes - Pearl Jam, Muse, só faltava a senhora maçã - a de ser cantada. Parece parte de uma banda sonora estranha, como num sonho, em que observo a minha vida do lado de fora, enquanto ela se desenrola em partes desordenadas que se movem invulgarmente devagar. É difícil de descrever, e podem parecer exageradas as minhas impressões acerca de um simples concerto, mas a minha imaginação é hiperactiva, assim como todas as minhas sensações.


Aplaudo em pé. Bravo!



- Fish in the sea you know how I feel,
River running free you know how I feel
Blossom in the trees you know how I feel...







1 comentário:

Anónimo disse...

dava tudo para poder ter visto esse concerto contigo...

saudades***

*PLUG IN BABYYYYYYYYYY*